Abstract
Como se relacionam as multidões, os líderes e a “estetização da política” na era dos smartphones? O fascismo histórico operou a serviço da “revolução passiva”, ou seja, de sua expectativa. Hoje, assistimos, perplexos, à atualização de vários fenômenos mórbidos. Uma minoria de proprietários continua a explorar a inegável necessidade das classes subalternas de novas condições sociais para sobreviver. As representações dos movimentos de massa não são mais os traços faciais de um líder do século XX, mas a própria selfie. A partir da interseção entre a “estetização da política” e a “revolução passiva” – entendidas não apenas como categorias de análise histórica de eventos específicos, mas como um programa de ações liderado pela burguesia –, este artigo tem como objetivo analisar o papel da fotografia, das selfies e do Instagram na contenção de multidões e no enfrentamento de crises de representatividade. Para isso, a sintaxe visual da ascensão de Bolsonaro ao poder no Instagram é examinada como um estudo de caso.

TQuesto lavoro è fornito con la licenza Creative Commons Attribuzione 4.0 Internazionale.
Copyright (c) 2025 Clara Figueiredo